terça-feira, 28 de agosto de 2012

Novo material extrai urânio da água do mar




O novo material traz também esperanças para a reciclagem do lixo eletrônico, uma verdadeira mina de metais e outros elementos. [Imagem: ORNL]


Mineração líquida


A mesclagem de um composto adsorbente com fibras de polietileno muito finas resultou em um material capaz de extrair seletivamente metais dissolvidos na água.

Os cientistas do Laboratório Nacional Oak Ridge, nos Estados Unidos, testaram o material para extrair nada menos do que urânio da água do mar.

O novo material, batizado de HiCap, superou largamente todos os adsorventes existentes - adsorção é a retenção de moléculas, átomos ou íons, por um material sólido.

Além de viabilizar essa "mineração líquida", os cientistas afirmam que o material poderá ter aplicação na remoção de poluentes e metais pesados de águas poluídas.

Urânio no mar


"Nós demonstramos que nossos adsorventes podem extrair de cinco a sete vezes mais urânio, em uma velocidade sete vezes maior do que os melhores adsorventes do mundo," disse Chris Janke, um dos inventores do material.

Segundo ele, isso traz esperanças de alimentar reatores nucleares com urânio coletado a partir da água do mar.

Estima-se que haja 4,5 bilhões de toneladas de urânio dissolvidos na água do mar.

Embora a concentração do elemento nos oceanos seja de apenas 3,2 partes por bilhão, há urânio dissolvido suficiente para alimentar todos os reatores nucleares do mundo por 6.500 anos - caso não sejam todos desativados antes.

Adsorvente seletivo


O material é feito de fibras muito finas, resultando em áreas superficiais muito grandes, o que é importante para entrar em contato com o maior volume possível de água.

"Nosso adsorvente é feito submetendo as fibras de polietileno a uma radiação ionizante, e então fazendo essas fibras pré-irradidas reagirem com compostos químicos que têm uma forte afinidade com o metal que se quer coletar," explicou Janke.

Após a coleta, o metal é retirado do adsorvente usando um método simples, de precipitação em solução ácida.

O material pode ser reutilizado, mediante um tratamento com hidróxido de potássio.

Metais do mar e do lixo eletrônico


Nos testes, o material coletou 146 gramas de urânio por quilograma, mas partindo de soluções bem mais concentradas do que a água do mar, contendo 6 partes por milhão de urânio. O melhor resultado obtido anteriormente era de 22 gramas por kg.

Pesquisadores de vários países trabalharam por décadas em busca de tecnologias para extrair urânio da água do mar. Mas esta talvez ainda não seja a solução ideal: os pesquisadores calcularam que 1 kg de urânio extraído da água do mar por esse processo custaria US$660, cerca de cinco vezes mais caro do que o mineral extraído das minas terrestres convencionais.

Ainda assim, o material poderá ter outros usos.

Mesmo não tendo sido testado especificamente para esse fim, o novo material traz também novas esperanças para a reciclagem do lixo eletrônico, uma verdadeira mina de metais e outros elementos, mas cuja extração, a partir dos produtos eletrônicos descartados, ainda é tecnicamente inviável.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Descoberto carbono mais duro que diamante




É a primeira vez que se observa uma estrutura híbrida de carbono, mesclando uma bem ordenada fase cristalina com aglomerados amorfos. [Imagem: Li Wang et al./Science]


Amorfo e cristalino


O quebradiço carvão, o escorregadio grafite e o valioso diamante são todos formados por carbono.

A diferença entre eles está na estrutura cristalina - o arranjo preciso dos átomos de carbono no diamante, por exemplo, faz dele o material natural mais duro que se conhece.

Agora, contudo, cientistas descobriram uma nova forma de carbono ainda mais dura do que o diamante.

Ao ser sintetizada, a nova substância riscou o diamante da bigorna usada no experimento.

Depois de estudar o material, Lin Wang e seus colegas da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, concluíram que ele é formado por uma mistura de fases cristalina e amorfa.

O novo material tem um variado campo potencial de aplicações, nas áreas de mecânica, eletrônica e eletroquímica.

Carbono híbrido


Esta é a primeira vez que se observa uma estrutura híbrida de carbono, mesclando uma bem ordenada fase cristalina com aglomerados amorfos, quando os átomos não seguem um padrão regular.

Os cientistas começaram o experimento com o carbono-60, também conhecido como buckball, uma estrutura oca formada por 60 átomos de carbono.

Os espaços entre essas nanobolas de carbono foram preenchidos com um solvente orgânico chamado xileno.


O cristal de diamante puro, usado para pressionar a amostra, foi riscado por ela. [Imagem: Li Wang et al./Science]

A mistura foi colocada em uma bigorna de diamante, um dispositivo usado para submeter amostras a pressões muito grandes.

Conforme a pressão foi aumentando, as esferas de carbono-60 começaram a colapsar, criando aglomerados amorfos de carbono.

Contudo, como esses novos aglomerados amorfos continuaram ocupando o lugar em que estavam originalmente, criou-se uma rede cristalina cujos elementos constituintes são blocos amorfos.

Carbono superduro


O novo carbono superduro forma-se a uma pressão equivalente a 320.000 vezes a pressão atmosférica normal.

A boa notícia é que ele permanece estável depois que a pressão é retirada, abrindo o caminho para sua utilização prática.

Os cientistas verificaram que a retirada do xileno impede a formação do carbono superduro. Com base nisso, eles agora querem testar outros solventes, na esperança de encontrar novos tipos de materiais, eventualmente com características diferentes.

Bibliografia:

Long-Range Ordered Carbon Clusters: A Crystalline Material with Amorphous Building Blocks
Lin Wang, Bingbing Liu, Hui Li, Wenge Yang, Yang Ding, Stanislav V. Sinogeikin, Yue Meng, Zhenxian Liu, Xiao Cheng Zeng, Wendy L. Mao
Science
Vol.: 337 no. 6096 pp. 825-828. DOI: 10.1126/science.1220522

terça-feira, 21 de agosto de 2012

No melhor estilo Star Wars: Aerofex desenvolve veículo com propulsão a ar




A Aerofex realizou uma pequena demonstração do seu veículo aéreo que utiliza grandes ventoinhas para propulsão. Como você pôde ver no vídeo, a aeronave não é muito estável, mas a sensação de dirigir um veículo semelhante ao que aparece na série Guerra nas Estrelas deve ser, no mínimo, sensacional.

Segundo a notícia do Ubergizmo, o veículo teria utilidade para realização de pequenas rondas ou para o transporte em área rural. Entretanto, a Aerofex não tem planos de fabricar a aeronave em escala industrial. É interessante notar que não é preciso um curso ou grandes instruções para pilotar, pois os comandos são simplificados.




Assista o vídeo no link : http://www.livescience.com/22518-hover-bike-flies-on-pilots-intuition-video.html




Fontes: LiveScience, Ubergizmo em: http://www.tecmundo.com.br/veiculos/28735-no-melhor-estilo-star-wars-aerofex-desenvolve-veiculo-com-propulsao-a-ar-video-.htm#ixzz24DjOncLX

sábado, 18 de agosto de 2012

Cristal do tempo poderá sobreviver ao fim do Universo



Com informações da Physics World - 18/08/2012


Um cristal do tempo é um sistema que continua se movimentando mesmo isolado, sem depender de força externa, e em seu estado fundamental de energia. [Imagem: Cortesia iStockphoto/M-X-K]


Sobrevivendo ao fim do Universo


Imagine que a entropia finalmente triunfou e, embora o Universo ainda não tenha atingido seu "final definitivo", ele chegou a uma era chamada de "morte do calor", com uma temperatura homogênea - será muito frio por toda parte.

Ainda assim, pode ser possível construir um cristal que continuará "funcionando", sobrevivendo ao resfriamento cósmico - e eventualmente funcionando como uma memória pós-universo.

Essas estruturas exóticas, batizadas de "cristais espaço-temporais", poderão continuar girando de forma persistente, mesmo em seu nível mais baixo de energia, permitindo quebrar tanto a simetria espacial quanto a simetria temporal.

"A ideia está perigosamente próxima da de uma máquina de movimento perpétuo," admite Frank Wilczek, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, idealizador dos cristais do espaço-tempo, referindo-se ao lendário "moto contínuo".

O pesquisador ressalta, porém, que, atingindo seu estado fundamental de energia, esses cristais não poderiam ser usados para produzir trabalho útil, afastando-se da fronteira do irrealizável.

Contudo, eles exigiriam energia externa para serem parados. "Eles poderão gerar uma forma de movimento perpétuo, o que é um pouco assustador para alguém com alguma reputação em física."

Sobre a reputação, Wilczek foi um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2004.


Frank Wilczek foi um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2004 por resolver um dos mistérios da força forte, que mantém coesos os núcleos dos átomos. [Imagem: Nobel Institute]

Cristal quântico do tempo


Os cristais normais são formados por átomos ou moléculas organizados espacialmente em estruturas 3D, estruturas estas que se formam abaixo de uma determinada temperatura a fim de minimizar a energia potencial no interior do material.

Por outro lado, se a temperatura subir, os átomos têm a chance de existir em muitos outros estados desordenados, eventualmente se desorganizando completamente, quando o material se funde.

"Os cristais representam a vitória da energia sobre a entropia," explica Wilczek.

Mas tudo isso se refere à organização espacial do cristal.

Wilczek propõe a organização de um cristal no tempo - um cristal quântico do tempo, como ele o chama.

Diz-se que um cristal normal quebra a simetria espacial porque suas partículas constituintes se alinham em direções específicas, não ficando regularmente espaçadas, como quando o material é aquecido até sua fusão.

De forma análoga, quebrar a simetria temporal significa que as partículas terão que sofrer alterações sistemáticas ao longo do tempo.

Isso já acontece naturalmente, por exemplo, no Sistema Solar, ou nos relógios - mas Wilczek argumenta que esses sistemas foram colocados em movimento por forças externas, e irão eventualmente perder energia e parar.

O que ele propõe é um sistema que continue se movimentando mesmo isolado, sem depender de força externa, e em seu estado fundamental de energia. Terá sido criado, então, um cristal do tempo, ou cristal espaço-temporal.


Esquema de construção do cristal do tempo, com estruturas periódicas tanto no espaço quanto no tempo. As partículas ficarão rodando em uma direção mesmo em seu estado fundamental de energia. [Imagem: Li et al.]

Anel do tempo


A pergunta imediata é: como construir um cristal do tempo?

Wilczek fez todos os cálculos teóricos, e, ao procurar formas de torná-los realidade, pensou nos supercondutores, materiais que, embora estejam no seu estado mais baixo de energia, transmitem uma corrente elétrica.

Como a corrente elétrica não varia no tempo, Wilczek propôs usar um anel supercondutor, variando a supercorrente de forma a dar-lhe um pico temporal.

Matematicamente ele demonstrou que funciona, mas o pesquisador não conseguiu vislumbrar uma forma de fazer isso na prática, porque exigiria que os elétrons, todos sempre com carga de mesmo sinal, reagissem de forma diferente uns em relação aos outros em um momento determinado, para criar uma espécie de quebra-molas quântico, gerando uma variação na corrente.

Tongcang Li e seus colegas da Universidade de Berkeley leram o artigo, acharam que a ideia não é assim tão estranha, e conseguiram idealizar uma forma de construir efetivamente um cristal espaço-temporal.

Sua proposta é aprisionar íons a temperaturas muito baixas, explorando sua repulsão mútua para que eles se arranjem sozinhos para formar o anel.

Segundo o grupo, o anel seria muito similar a um cristal normal. Por meio de ajustes precisos de um campo magnético, que deve assumir determinados valores ao longo do anel, pode ser possível fazê-lo girar continuamente em seu estado mais baixo de energia.

Em outras palavras, ele se tornaria um cristal espaço-temporal.

O grupo calcula que, para construir um cristal do tempo com 0,1 milímetro de comprimento, serão necessários 100 átomos de berílio, resfriados a 1 bilionésimo de kelvin. Quanto maior o anel, mais baixa é a temperatura necessária.

A tecnologia de armadilhas iônicas ainda não é tão precisa, mas os pesquisadores afirmam que isso é uma questão de tempo, e eles próprios mostram-se interessados em conseguir construir o primeiro cristal do tempo.


"Este trabalho está explorando novos estados da matéria, e poderá levar a direções inesperadas." [Imagem: Frank Wilczek]

Aplicações do cristal do tempo


E para que serviria um cristal do tempo?

Xiang Zhang, um dos autores da proposta da armadilha de íons, acredita que uma estrutura dessas "dará uma nova dimensão para a exploração da física de muitos corpos e de propriedades emergentes da matéria".

Isso incluiria a quebra de simetria, como a que parece ter dado massa a todas as partículas quando o Universo se expandiu e esfriou.

Wilczek vai um pouco mais longe, e afirma que os cristais do tempo terão aplicações práticas, embora ela não saiba dizer quais: "Este trabalho está explorando novos estados da matéria, e poderá levar a direções inesperadas."

Ele provavelmente já tem algo em mente, mas talvez seja algo radical demais para que a comunidade dos físicos aceite sem mandar que ele vá escrever artigos de ficção científica - ou tente interná-lo.

Afinal, a ciência anda cuidadosamente um passo de cada vez. E propor a possibilidade de construção de um cristal que gire para sempre, sem precisar de energia externa, sobrevivendo até mesmo ao fim do Universo, parece audacioso o suficiente para uma temporada - mesmo para um ganhador do Nobel.

Bibliografia:

Quantum Time Crystals. Frank Wilczek. arXiv. http://arxiv.org/abs/1202.2539

Space-time crystals of trapped ions. Tongcang Li, Zhe-Xuan Gong, Zhang-Qi Yin, H. T. Quan, Xiaobo Yin, Peng Zhang, L.-M. Duan, Xiang Zhang http://arxiv.org/abs/1206.4772v1

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Atalhos da Criatividade

Recentes descobertas da neurociência mostram que a criatividade não é um dom restrito a afortunados, mas um conjunto de processos de pensamento que qualquer um pode desenvolver


Por Eduardo Araia
foto: divulgação
Ser criativo não é questão de genética, sorte ou mente privilegiada, diz o neurocientista americano Jonah Lehrer. Em seu mais recente livro, Imagine: How Creativity Works (Houghton Mifflin Harcourt), lançado em março de 2012 nos Estados Unidos, esse jovem (31 anos) colunista do The Wall Street Journal e articulista das revistas New Yorker e Wired, incensado pela habilidade em traduzir o jargão acadêmico para linguagem acessível aos leitores comuns, disseca cientificamente a criatividade e mostra que ela está ao alcance de qualquer pessoa. É só combinar bem os ingredientes certos.
"Sabemos hoje que a criatividade não é um dom especial privativo de alguns poucos felizardos", diz o autor. "Trata-se de uma variedade de processos de pensamento distintos que todos podemos aprender a usar de modo mais efetivo." A seguir, cinco dicas essenciais de Leher para os leitores darem vazão a todo o seu potencial criativo.
Post-it
O engenheiro químico americano Arthur Fry, da 3M, teve a ideia milionária do papel suavemente aderente em 1977, quando cantava no coral de sua igreja. Percebeu que os marcadores de página das partituras caíam constantemente.


1. Desconcerte-se 
Estar desconcertado é um momento fundamental no processo criativo, pois implica um reconhecimento de que a situação não tem saída. É a frustração decorrente desse reconhecimento que pode conduzir ao vislumbre da solução. Segundo o autor, em diversos estudos de mapeamento do cérebro, os cientistas notaram que, quando a pessoa se defrontava com um problema, seu hemisfério esquerdo (a região habitualmente associada à resolução de problemas pelo método analítico) punha-se a trabalhar de imediato. Mas os problemas mais complicados desgastavam rapidamente o processo, deixando a pessoa frustrada e reclamando da dificuldade de solucionar o problema. Com a frustração, indicativa da necessidade de recorrer a um caminho alternativo para superar o desafio, os cientistas perceberam que a atividade mental transitava do hemisfério esquerdo para o direito, associado à criatividade. Com essa mudança, em diversos casos, as pessoas demonstraram experimentar momentos de insight, nos quais a resposta vinha a suas mente de súbito. Para os cientistas, a importância da frustração no processo é crucial.

Jonah Lehrer e seu best-seller de 2012
2. Insista e não desista
A frustração e o desconcerto constituem ingredientes indispensáveis na deflagração da criatividade, mas outras duas características também possuem grande relevância no desencadeamento desse processo: a perseverança e a paixão por metas de longo prazo. "Essas qualidades", explica Jonah Lehrer, "englobam a determinação, e nenhum artista, nenhum escritor, nenhum inventor seria bem-sucedido sem ela. A determinação é a qualidade que força você a fazer sacrifícios por paixão, a trabalhar por longas horas ou a ficar treinando mesmo quando o treino não é divertido". De acordo com o neurocientista americano, pesquisas revelaram que a determinação é um dos mais importantes indicadores de sucesso. A razão para isso, avalia Lehrer, não é difícil de imaginar: "Ninguém é suficientemente talentoso para não ter de trabalhar duro."
3. Dê um tempo 
Não é raro ver pessoas munidas de perseverança frustrarem-se com a falta de solução e continuarem nesse estado por tempo considerável. O que fazer? "Algumas vezes, fazer uma pausa, afastar-se e reconcentrar- se pode ajudar a atingir um estado mental mais criativo", diz Lehrer. Segundo ele, pesquisas mostram que uma mente relaxada, na qual as ondas alfa aparecem aumentadas, tem mais possibilidade de vislumbrar respostas bloqueadas pela frustração. Para quem imagina que é difícil chegar a esse estado, Lehrer dá algumas sugestões simples apoiadas em estudos: tomar um bom banho ou assumir uma perspectiva mais positiva ajuda a aumentar a criatividade. "É por isso que tantas corporações bem-sucedidas - da 3M ao Google - têm adotado as pausas para a busca de projetos externos e novas ideias como uma parte crucial do trabalho diário", afirma o autor.
4. "Expatrie-se" 
Para explicar esse item, Lehrer lembra a atração que Paris exerce sobre os escritores. Em geral, esses artistas não elaboram ensaios e romances usando a cidade e seus moradores; em vez disso, usam a atmosfera do lugar como inspiração para obras passadas em seus países de origem. Segundo Lehrer, vários estudos mostram que a viagem expande a criatividade ao encorajar o viajante a pensar superando as fronteiras do próprio ego. "Até as pequenas coisas, como não saber se deve dar gorjeta a um garçom ou a forma de dizer 'obrigado' na língua local, estimulam a mente e fazem a pessoa observar mais aquilo que é externo a si própria e aquilo que ela já sabe", diz o autor. Mas ninguém precisa ir a Paris para despertar a criatividade: "Acordar com um olhar novo e tornar-se um expatriado para seu problema específico pode ser tremendamente benéfico para resolvê-lo."
5. Incorpore sua criança de 7 anos
Numa pesquisa realizada em 2010, Darya Zabelina e Michael Robinson, da Universidade Estadual de Dakota do Norte (EUA), reuniram centenas de universitários e os dividiram em dois grupos. O primeiro recebeu as seguintes instruções: "Você tem 7 anos, as aulas foram canceladas e você tem o dia inteiro para desfrutar. O que faria? Aonde você iria? Quem você veria?" A segunda turma recebeu as mesmas instruções, exceto a primeira frase, eliminada. Depois de escrever por dez minutos, os participantes receberam vários testes envolvendo criatividade, como sugerir utilidades para pneus velhos ou tijolos. Os integrantes do primeiro grupo se saíram bem melhor do que o do segundo, propondo praticamente o dobro de ideias criativas. Conclusão: "Temos apenas de fingir que somos criancinhas", propõe Lehrer.
Insights geniais
Ideias de sucesso reveladas por vias inesperadas
foto: divulgação/AFP /shutterstock
Barbie
A fundadora da Mattel, Ruth Handler, viu numa tabacaria suíça uma boneca com cabelos platinados. Sem falar alemão, não notou que se tratava de um sex symbol vendido para homens. Viu-a como opção para as bonecas-bebês então dominantes.

foto: divulgação/AFP /shutterstock
Benzeno
O químico alemão Friedrich August Kekulé descobriu em 1865 a fórmula estrutural do hidrocarboneto usado como insumo na indústria química. Viu-a, em sonho, como a serpente alquímica Ouroboros, que morde a própria cauda.

foto: divulgação/ shutterstock
Micro-ondas
Ao testar um detector de aviões na Segunda Guerra Mundial, o engenheiro americano Percy Spencer viu que as micro-ondas do aparelho derreteram um chocolate em seu bolso. A primeira patente do forno de micro-ondas surgiu no pós-guerra.

foto: divulgação/ shutterstock
Velcro
Após caminhar pelo campo, em 1941, o engenheiro suíço George de Mestral suou para remover as sementes de bardana grudadas na calça. Examinando-as em microscópio, viu centenas de pequenos ganchos, explicando a sua aderência.

Fonte: Revista Planeta, 478, 2012.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

DNA metálico: código genético molda síntese de nanopartículas






O DNA dirige o crescimento das nanopartículas metálicas de forma similar ao que ele faz com a síntese de proteínas, com diferentes letras do alfabeto genético resultando em diferentes formatos das partículas. [Imagem: Zidong Wang/Yi Lu]


Genética inorgânica


O DNA contém o código genético para todos os tipos de moléculas biológicas.

Agora, pesquisadores descobriram que o código contido nas moléculas de DNA também pode controlar a forma final de nanoestruturas inteiramente metálicas.

Os segmentos de DNA foram usados para dirigir o processo de formação de nanopartículas de ouro, dando-lhes os mais diversos formatos.

As propriedades físico-químicas das nanopartículas são largamente determinadas pelo seu formato e pelo seu tamanho. Assim, produzir nanopartículas com formatos e tamanhos precisos é essencial para suas aplicações práticas.

As nanopartículas de ouro são largamente usadas nas pesquisas em medicina, para levar medicamentos diretamente a partes específicas do corpo, assim como em biologia e na composição de novos materiais.

DNA metálico


O alfabeto do DNA contém quatro letras A, T, G e C, as iniciais de adenina, timina, guanina e citosina. As "palavras" são formadas segundo uma regra simples: A sempre se liga a T e C sempre se liga a G.

Mas, no caso dessa "genética metálica", as quatro bases e suas combinações podem se ligar de formas diferentes às faces das "sementes" de ouro - os aglomerados iniciais que darão origem às nanopartículas.


A equipe criou um roteiro básico que mostra o papel de cada base na geração de cada formato. [Imagem: Wang et al./Angewandte]

Ao se ligar aos aglomerados iniciais de ouro, as moléculas de DNA dirigem o crescimento dessas sementes, fazendo com que elas resultem em formatos diferentes.

Os experimentos mostraram que as fitas de DNA com sequências de "A" produzem nanopartículas redondas e rugosas. As sequências de "T" formam estrelas. As sequências de "C" geram discos planos. E, finalmente, as sequências de "G" formam hexágonos.

Genética de metais


O objetivo dos pesquisadores é mais amplo: estabelecer diferentes sequências de DNA que venham a constituir "códigos genéticos" para sintetizar partículas metálicas, de forma similar à que o DNA desempenha na síntese das proteínas.

Neste estudo inicial, o grupo testou o uso de fitas de DNA com combinações de duas bases - por exemplo, 10 "T" e 20 "A".

A regra geral é que as bases competem entre si, produzindo formatos intermediários, embora o "A" tenha dominância sobre o "T".

"A síntese de nanopartículas codificada por DNA nos dá uma forma nova e simples para produzir nanopartículas com formatos e propriedades previsíveis," disse Yi Lu, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

"Essa descoberta terá impactos na bionanotecnologia e aplicações importantes em nossa vida diária, como na catálise, nos sensores, no imageamento e na medicina," completou o pesquisador.


Moléculas de DNA são metalizadas para servir como nanoferramentas


Bibliografia:

Discovery of the DNA "Genetic Code" for Abiological Gold Nanoparticle Morphologies
Zidong Wang, Longhua Tang, Li Huey Tan, Jinghong Li, Yi Lu
Angewandte Chemie International Edition
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/anie.201203716

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Relatório aponta os melhores antivírus em 2012




A organização não governamental austríaca AV-Comparatives publicou recentemente seus relatórios com as análises dos principais antivírus do mercado. Ao todo, a instituição avaliou mais de 20 aplicativos de proteção contra a ação de malwares.

Entre os softwares testados, estavam Avast, AVG, Avira, BitDefender, F-Secure, G Data,Kaspersky, McAfee, Panda, PC Tools, Trend Micro, ESET NOD32, Microsoft Security Essentials, entre outros. As avaliações foram segmentadas em três seções individuais, por isso nem todos os antivírus passaram pelos mesmos testes.

Proteção em tempo real

A primeira parte do estudo analisou a capacidade dos antivírus em oferecer uma proteção real para os internautas, como filtros de conteúdo, bloqueio de URLs, mecanismo anti-phishing e comportamento de bloqueio amigável – informando a existência de potenciais ameaças, mas sem assustar o usuário.

Cada concorrente passou por uma bateria de testes com 100 URLs por dia. É válido salientar que, em todas as análises, cada antivírus foi instalado em um computador independente, para que um software não sofresse interferência em sua atuação devido à presença de outro programa com a mesma finalidade. Também é importante informar que todas as máquinas possuíam a mesma configuração.
Detecção por demandaA segunda seção de testes corresponde à detecção de pragas por demanda, ou seja, quando nós solicitamos que os discos de armazenamento sejam escaneados. Como a própria organização comenta em seu relatório, essa talvez seja a característica mais relevante para determinar a eficácia de um antivírus.


(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Nessa avaliação, os programas tiveram que varrer uma grande quantidade de arquivos, tendo uma série de malwares conhecidos no meio deles. Os responsáveis pelo levantamento também levaram em consideração a taxa de falsos-positivos.
DesempenhoPor fim, o último segmento de análise referiu-se ao desempenho de cada antivírus e do seu impacto no consumo de recursos do computador. Para tanto, os avaliadores monitoraram a exigência dos componentes de hardware (incluindo processador e memória RAM) enquanto os concorrentes copiavam arquivos, baixavam e instalavam atualizações, eram inicializados e codificavam arquivos.
Quais foram os melhores?No tocante à proteção em tempo real, os antivírus que mais se destacaram – ganhando três estrelas – foram o BitDefender, o G Data, o Kaspersky, o Qihoo (a grande surpresa dessa lista) e o F-Secure. Dos outros concorrentes mais conhecidos, AVG e Avira receberam duas estrelas e o Avast apenas uma.

Quando o assunto foi detecção de malwares, G Data, Kaspersky, BitDefender e F-Secure voltaram a despontar no topo da lista – junto com um maior número de competidores. O Qihoo não participou dessa etapa de análise.

Em questão de desempenho, F-Secure, Kaspersky e BitDefender foi o trio que conseguiu se manter no grupo avaliado com três estrelas. Nesse teste, o G Data caiu um degrau. Na galeria abaixo, você confere o resultado final das avaliações, seguindo a ordem apresentada aqui, além de outros gráficos interessantes constantes nos relatórios.

Galeria de Imagens







Abaixo você pode baixar os documentos da AV-Comparatives na íntegra (em inglês):
“Real-World” Protection Test;
On-demand Detection of Malicious Software;
Performance Test (Suite Products).

Fonte: AV-Comparatives

em:http://www.tecmundo.com.br/antivirus/28221-relatorio-aponta-os-melhores-antivirus-em-2012.htm#ixzz23ByNg8xG

Bóson de Higgs é detectado fora do LHC






O bóson de Higgs, representado pela esfera vermelha, é descrito por uma oscilação de potencial em um sistema bidimensional. [Imagem: MPQ/Quantum Many-Body Division]




Escalas diferentes


Esqueça um pouco o LHC e a festa feita há poucos dias para anunciar a descoberta de um bóson do tipo Higgs. Agora, uma equipe de físicos da Alemanha e dos Estados Unidos acaba de anunciar uma descoberta similar - um bóson do tipo Higgs. Se o achado é similar, contudo, as técnicas utilizadas são radicalmente diferentes.

O LHC, que é maior experimento científico da história, com um túnel de 27 km na fronteira entre a Suíça e França, custou US$8 bilhões e foi projetado para operar a até 14 tera-elétron volts (TeV) - por problemas técnicos, hoje ele funciona a apenas 8 TeV.

Manuel Endres e seus colegas do Instituto Max Planck, por outro lado, encontraram as excitações do tipo Higgs na transição entre diferentes fases da matéria, em um sistema de átomos ultrafrios, próximos ao zero absoluto, em um equipamento do tamanho de uma mesa.

De fato, o que realmente separa os dois experimentos é a escala - não apenas a dimensão, mas principalmente a escala de energia. Enquanto as experiências do LHC são executadas nas energias mais altas que se pode alcançar, o novo experimento foi realizado nas menores faixas de energia possíveis.

Pondo em números, os experimentos do LHC são realizados em energias 12 ordens de grandeza maiores do que as energias típicas à temperatura ambiente; o novo experimento foi realizado em uma magnitude 11 ordens de grandeza menores do que as energias típicas à temperatura ambiente.

Campo de Higgs


No novo experimento, um material magnético foi resfriado abaixo da temperatura Curie, desenvolvendo uma "ordem global", a seguir excitada para produzir uma oscilação coletiva, na qual todas as partículas se movem de forma coordenada.

Se o comportamento coletivo das partículas segue as regras da relatividade, pode-se desenvolver um tipo especial de oscilação, a chamada excitação de Higgs.

Esse campo é fundamental para o modelo padrão das partículas elementares, onde ele é chamado de bóson de Higgs.

Em tese, sistemas sólidos também podem apresentar excitações de Higgs, desde que o movimento coletivo das suas partículas sigam regras similares às da teoria da relatividade.

O experimento começou com o resfriamento de átomos de rubídio até temperaturas próximas ao zero absoluto.

Eles foram a seguir injetados em uma rede óptica bidimensional, parecida com um tabuleiro de damas, onde os quadros claros e escuros são produzidos por feixes de laser interferindo uns com os outros.

Nessas redes, os átomos ultrafrios podem assumir diversos estados da matéria. E foi nessas transições que os cientistas detectaram o bóson de Higgs.


Em contraste com o túnel de 27 km do LHC, o novo experimento foi realizado com uma óptica complexa, mas que cabe sobre uma mesa. [Imagem: MPQ/Quantum Many-Body Division]

Teoria de campo relativística efetiva


Em redes ópticas muito intensas - o que significa um contraste muito forte entre os espaços escuros e as áreas brilhantes -, desenvolve-se um estado altamente ordenado, chamado isolante de Mott.

Neste estado, cada quadro da rede é ocupado por exatamente um átomo, que fica fixo no lugar. Se a intensidade da rede for diminuída continuamente, ocorre uma transição de fase para um superfluido.

Em um superfluido, todos os átomos são parte de um único campo, que se estende ao longo de toda a rede, com o movimento coletivo do sistema sendo descrito por uma onda quântica estendida.

A dinâmica desse campo quântico segue as leis da chamada "teoria de campo relativística efetiva", na qual a velocidade da luz é substituída pela velocidade do som.

Finalmente, quando o sistema é forçado para fora do seu equilíbrio, são geradas oscilações coletivas na forma de excitações de Higgs.

A existência de excitações de Higgs em sistemas desse tipo tem sido alvo de intensos debates entre os físicos teóricos.

"Nós detectamos um fenômeno que, atualmente, não pode ser calculado precisamente. Isto torna nossa observação experimental ainda mais importante," conclui Manuel Endres, principal idealizador do experimento.

Como comparar o bóson de Higgs do LHC com o "novo" bóson de Higgs?

É muito difícil comparar os dois resultados, a partícula tipo Higgs encontrada pelo LHC, e a excitação de campo tipo Higgs encontrada na transição de fases do sistema ultrafrio. É uma situação, de resto muito comum na física, onde o mesmo conceito teórico é usado para descrever diferentes sistemas físicos.

Pense, por exemplo, no conceito de onda. O movimento coletivo de partículas é descrito por "equações de onda" em situações físicas muito diferentes, que podem ser as ondas na água, ondas de som no ar ou em sólidos, ou ondas eletromagnéticas.

Na descrição teórica desses sistemas, as "ondas" aparecem como um conceito comum. No entanto, os sistemas são muito diferentes e a descrição teórica de cada um pode ter diferentes níveis de complexidade - ondas eletromagnéticas são muito mais complicadas do que ondas de som.

Da mesma forma que pode haver ondas em todos esses sistemas, bósons de Higgs podem aparecer em situações muito diferentes.


A principal distinção entre os dois experimentos é a escala de energia utilizada. [Imagem: Manuel Endres]

O experimento agora realizado na Alemanha é o mais simples que permite o surgimento de uma excitação do tipo Higgs. Ele pode, portanto, ser considerado como um sistema modelo. A descrição da física que está sendo feita no LHC é muito mais complexa.

Um aspecto importante é que o Higgs do LHC e o Higgs do sistema ultrafrio aparecem em escalas de energia muito diferentes. No entanto, em ambos os casos, a descrição teórica é semelhante. Assim, é como comparar as ondas gigantescas no oceano com ondas que você consegue fazer em um copo d'água. A física é semelhante, mas as escalas de energia são totalmente diferentes.


O que é bóson? E quem é Higgs?


Bibliografia:

The 'Higgs' amplitude mode at the two-dimensional superfluid/Mott insulator transition.
Manuel Endres, Takeshi Fukuhara, David Pekker, Marc Cheneau, Peter Schaub, Christian Gross, Eugene Demler, Stefan Kuhr, Immanuel Bloch
Nature Vol.: 487 (7408): 454 DOI: 10.1038/nature11255


Em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=boson-higgs-baixa-energia-fora-lhc&id=010130120802

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

HAPKIDO JAIU DO KWAN

A postagem de hoje é um pouco diferente do usual. Como comecei a praticar esta arte marcial, estou postando umas coisas interessantes do que li a respeito. Apreciem.



ARTES MARCIAIS NA CORÉIA


Historicamente a Coréia estava dividida em três reinos, Silla, Koguriu e Paekche. Sendo Silla o reino menor, e sempre era invadido por muitos salteadores que moravam nas redondezas. Foi assim, que durante o reinado de Chin Heung, vigésimo-quarto rei de Silla, criaram um Corpo de Oficiais, todos descendentes de famílias aristocráticas, pertencentes à nobreza, denominado de HAW RANG (Jovens em flor), e tinha um treinamento severo e forte, além de uma sólida formação moral e ética, este Corpo de Oficiais transformou-se e denominou-se HWA RANG DO. Silla destacava-se por ser um reino menor e sempre vitorioso nas batalhas, fazendo com que os outros reinos fossem unificados a Silla.
Em 935, foi fundada a dinástia "Koryo", nome ocidental do atual País, Coréia.

Até a ocupação japonesa, durante o período de 1909 a 1945, foram proibidas as práticas de Artes Marciais, mas alguns mestres, de forma secreta trabalharam arduamente para manter viva a luta de nome TAE KION, que quer dizer saltar, chutar. As origem desta Arte remontam-se ao tempo do reinado de Silla onde um general, KIM, grande filósofo e seguidor da linha altamente espiritual da filosofia dos monges das montanhas (seita DO RO), em reunião com seus discípulos, criou secretamente o TAE KION. Esta arte, apenas recentemente foi descoberta pelo Governo Coreano, que encontrou alguns mestres e está incentivando o ressurgimento do TAE KION.

Em 1955, ocorreu uma Assembléia que reuniu historiadores, mestres e autoridades, dando nascimento a Arte Marcial Nacional, que recebeu o nome de TAE = pé; KWON = punho; DO = caminho.
Com a rendição japonesa, em 1945, a penísula coreana é dividida em duas zonas de ocupação – uma norte-americana, ao sul, e outra, soviética, ao norte. As negociações de unificação das Coréias fracassam e em 1948, são criados dois Estados distintos: Coréia do Norte e Coréia do Sul, separadas por um linha imaginária, chamada de paralelo 38, sendo constantemente vigiada. Poucos turistas conseguem permissão para visitar a Coréia do Norte.

DEFINIÇÃO HAP KI DO

Hap Ki Do - Arte Marcial de origem coreana, que utiliza técnicas de imobilização, estrangulamentos, torção, projeção, variedades técnicas de chutes, socos, cotoveladas, joelhadas, respiração baixo ventre, meditação, enfim uma arte extremamente eficiente que pode-se denominar "conjunto de técnicas marciais". O HAP KI DO, recebeu influências chinesas e japonesas, mas predominantemente técnicas das milenares Artes Marciais coreanas. Literalmente, traduz-se:

HAP=UNIÃO/HARMONIA

KI=ENERGIA INTERIOR;

DO=CAMINHO ESPIRITUAL


HISTÓRIA DO HAPKIDO

Yong-Sool Choi (1904 – 1986), uma das pessoas mais influentes no desenvolvimento das artes marciais coreanas modernas, nasceu na província de Chung Buk na Coréia. Os pais de Choi morreram quando ele era muito jovem, e quando ele tinha oito ou nove anos de idade foi levado para o Japão. Choi ficou muito nostálgico e começou a vagar pelas ruas como um mendigo e era regularmente assaltado pelas outras crianças. Um japonês tomou conhecimento da situação de Choi, tão jovem tendo que implorar dinheiro e comida. Este homem levou Choi e adotou-o. Antes do pai adotivo de Choi manda-lo para a escola, seu nome foi mudado para Tatujutu Yoshida. A tentativa de educação não foi bem sucedida porque Yoshida (Choi) não falava Japonês o suficiente para entender os professores. Ele ficou desinteressado pelos trabalhos da escola e freqüentemente entrava em brigas com outras crianças. Conseqüentemente, ele foi questionado se queria adquirir educação ou aprender a lutar.

Ele escolheu a luta e foi associado em um Daito-Ryu Aiki-Jutsu (pronunciado Dae-Dong-Ryu Hap-Ki-Sool em coreano) para treinar com Sokaku Takeda (1860-1943), onde ele treinou por cerca de 30 anos. Sentindo que o Japão estava perdendo a segunda guerra, Yoshida (Choi) começou a fazer planos para voltar a Coréia, e o fez em 1945. Nessa ocasião, mudou seu nome novamente para Yong-Sool Choi.
De alguma maneira, durante a viagem, Choi perdeu uma parte da sua bagagem, que infelizmente continha seu dinheiro e os certificados de seu treinamento com Takeda Sensei. Por causa da falta de dinheiro, Choi decidiu ficar em Tae Gu ao invés de ir para Ching Buk. Após um ano de trabalho como vendedor de pão na rua, choi conseguiu economizar o suficiente para começar a criar porcos. Para alimentar os porcos ele levantava bem cedo todas as manhãs e ia para Suh Brewery Company para obter a comida grátis.
Em 1947, Bok-Sub Suh, que era faixa preta em Yudo e o presidente da Suh Brewery Company, assistiu uma briga de sua janela do escritório , onde ele assistiu abismado como um homem se defendeu de vários atacantes, com um pequeno esforço. Ele ficou muito impressionado e curioso sobre o que ele observara e pediu ao balconista pra trazer aquele homem para o seu escritório. O homem se apresento como Yong-Sool Choi. Suh perguntou a Choi que tipo de arte marcial ele praticava. Sem responder exatamente a pergunta, ele pediu a Suh que o segurasse pela Lapela. Quando Suh agarrou a lapela, Choi facilmente executou uma chave de braço e lançou Suh ao chão. Suh imediatamente segurou a lapela de Choi novamente, e foi lançado ao chão novamente. Após ser derrotado duas vezes, Suh implorou a Choi para ensina-lo, prometendo mais comida grátis, como também pagaria pelas aulas. Quando Choi concordou, Suh preparou um dojang na cervejaria onde Choi então teve a oportunidade de ensinar o que ele havia estudado no Japão.
Durante os próximos anos, Choi se estabeleceria como um excelente e respeitado instrutor de arte marcial. Ele chamou sua arte de Yoo Sool (pronunciado em coreano de Ju Jutsu). Algumas alterações foram feitas, mas na maior parte ele estava ensinando o que ele havia aprendido com Takeda Sensei. Porém ele começou a acrescentar técnicas incluindo alguns chutes e técnicas com armas.

Em 1954, Bok-Sub Suh se envolveu em um incidente onde ele defendeu seu pai, Dong-Jin Suh. Numa briga com alguns gangsters ele usou os chutes que aprendeu com Yoo-Sool e derrotou-os. Depois de alguma reflexão, Suh decidiu sugerir a Choi que o nome Yoo Sool deveria ser mudado para Yoo Kwon Sool, para representar o fato de que além dos golpes e técnicas de arremesso, eles também empregavam chutes.Após o final da guerra coreana, enquanto Choi ainda ensinava Bok-Sub Suh, ele abriu sua própria escola em sua casa e começou a ensinar outros alunos. Isto foi em 1953. Alguns dos estudantes durante este período fundaram outros estilos de artes marcial. Entre eles. Hwang-Kee (Tang-Soo-Do), In-Hyuk Suh (Kuk-Sool-Won), Dr. Joo-Bang Lee (Hwa Rang Do) e Han-Jae Ji (Hap-Ki-Do).

Han-Jae Ji nasceu em 1936 em Angong, Coréia. Ele começou seus treinamentos em Yoo Sool com Choi em 1949 com a idade de 13 anos. Ele treinou em tempo integral com Choi até 1956 quando se mudou para sua cidade natal. Andong, de Seul. Quando Ji completou dezoito anos, começou a treinar com um home que ele refere-se como Taoist Lee. Taoist Lee, treinou Han-Jae Ji principalmente em vários métodos de meditação, e no uso do Jang-Bong (6’staff), o Dan-Bong (vara curta), e em chute coreano Taek-Kyun. Durante o mesmo período, uma senhora monge apresentada a Ji apenas como “Vovó” ensinou-o poderes espirituais durante quase cinco anos.

Em Andong, Han-Jae Ji, então um 3º Grau, abriu seu primeiro dojang que ele chamou de Na Moo Kwan e começou a ensinar Yoo Kwon Sool. Após aproximadamente nove anos em Andong, Ji decidiu se mudar para Seul em setembro de 1957. Ele ficou em uma casa de tábuas em Whang Shim Ri. O filho do dono da casa de tábuas, Duk-Kyu Hwang, se tornou seu primeiro discípulo no seu novo dojang, chamado Sung Moo Kwan.

Ji abriu também outro dojang pequeno onde teve apenas alguns alunos. Esses alunos eram pricipalmente da Universidade de Han Yang. Eventualmente, as habilidades de métodos de meditação, as técnicas de chute Tae-Kyun e as técnicas com armas aprendidas com Taoist Lee, junto com os treinamentos espirituais que ele aprendeu da “Vovó” para formular seu próprio estilo de arte marcial para o qual ele escolheu o nome de “HAPKIDO”. Ele tinha pensado originalmente em nomeá-lo de “Hapki-Yoo-Kwon-Sool”, mas decidiu mudar porque o nome esra muito grande. Ele pensou em outras artes marciais que tinha ouvido falar, como Tae-Kwon-Do, Kong-Soo-Do, Soo-Bak-Do, etc., quando a palavra “Do” começou a ser usada no lugar de Sool. Ele gostou desta idéia porque a palavra “Do” significa um caminho a seguir, ou um modo de vida, ao invés de simplesmente “técnica” como “Sool” insinua. O nome Hapkido foi escolhido em 1959, e foi desde então usado. A palavra em si pode ser traduzida como o “modo do poder coordenado”. Onde “Hap” pretende unificar ou coordenar, “Ki” significa mental e/ou energia física, e “Do” significa modo de vida, ou o “caminho” ou “meio” de coordenar sua energia mental e física em uma entidade.

Durante uma conversa com o (Grandmaster) Han-Jae Ji, em seu apartamento após o primeiro dia de um seminário, foi relacionado que após ele escolher o nome Hapkido para representar sua arte, ele deu este nome para seu mestre, Yong-Sool Choi para usar, por respeito. Choi ensinou com o nome de Hapkido até sua morte em 1986, embora ele não ensinasse o curriculo completo, omitindo a maioria das técnicas de chute, e várias técnicas com armas.

O curriculo atual do Hapkido não foi finalizado até 1960 depois que um estudante da mesma categoria do Grandmaster Choi, Moo-Woong Kim, mudou-se para Seul para visitar e estudar com seu mestre Han-Jae Ji. Ele ficou aproximadamente oito meses durante os quais treinou com Ji, e deu sua contribuição e conselho considerando que as técnicas de chute deveriam ser adotadas (Kim também treinou Taek-Kyun), a única diferença significante que evoluiu desta colaboração foi que Ji ensinou que um chute giratório baixo é feito apenas com a bola do pé no chão; considerando que, kim ensina que o pé inteiro esteja no chão enquanto o chute é executado.Em maio de 1961, o governante da Coréia foi subvertido pelo General Chung Hee Park (1917-1979), uma ação que no final das contas resultou em sua eleição para presidente. Em 1962, Ji mudou-se para Kwan Chul Dong, em um espaço atrás da loja de departamentos Hwa Shin. Neste tempo, ele tinha construído a escola Sung Moo Kwan e era financeiramente forte. Com a assistência do Major Dong-Nan Lee, Ji então recebeu um cargo do governo para ensinar Hapkido pra a força de segurança presidencial (uma posição que ele segurou até a morte de Park em 1979). Durante este tempo, ele mudou sua escola para Suh Dae Moon, que ele achava que lhe daria maior exposição pública

Em 1960, Cung-Hae Park impôs restrições de importações de bens Japoneses para a Coréia, depois de que Ji foi encontrado com um livro de Aikido Japonês. Ji viu que os caracteres Japoneses para Aikido eram os mesmos para Hapkido. Desencorajado por uma arte japonesa ter o “mesmo nome”que Hapkido, ele decidiu tirar o “Hap” do nome, chmando simplesmente sua arte de “Kido”.

Em 2 de setembro de 1963, o governo coreano finalmente concede uma Escritura para o ministro da Educação para a Associação Coreana de Kido. Ele concedia o direito para supervisionar e regular os padrões de ensino como também como exigências de promoção de faixas Pretas em trinta e uma artes marciais coreanas diferentes. O primeiro “chariman” da Associação Coreana de Kido foi Yong-Sool Choi. A Associação tentou promover artes marciais aos estudantes da escola pública, oficiais de polícia e para funcionários militares.

Em 1915, Han-Jae Ji deixa a ACK e funda a Associação Coréia de Hapkido. Houve várias razões para isso. Primeiro, a ACK designou Jung-Yoon Kim como secretário geral. Kim, que era um universitário graduado, dominou as políticas da Associação e Ji não gostou dessa situação. Segundo os estudantes que treinaram com em Sung Moo Kwan com o nome Hapkido, não gostaram do novo termo “Kido”. Eles continuaram chamando sua arte marcial de Hapkido e continuaram ensinando da maneira que eles aprenderam. Os estudantes não se importavam que uma arte japonesa tivesse o mesmo nome. E por último, Han-Jae Ji foi designado instrutor-chefe para a força de segurança do presidente e tinha se tornado uma pessoa poderosa. Este poder traduzi-se na habilidade para operar sua própria organização sem a ajuda de outros que estavam sendo menos éticos em sua vivência como praticantes de artes marciais.

Três organizações de Hapkido começaram e emergir durante os próximos anos. Isso incluiu a Associação Coréia de Hapkido (fundada em 1965 por Han-Jae Ji), a Associação Coréia de Hapki(fundada em 1969 por Jae-Nam Myung), e a Associação Coreana de Hapkido (fundada em 1971 por Moo Woong Kim). Eventualmente, em 1973, se constituiram os líderes dessas organizações e concordaram em unificar suas Associações. A nova associação foi chamada de Dae Han Min Kuk Hapkido Hyub Hwe (Associação da República Coreana de Hapkido).

Em 1984, o Grandmaster Han-Jae Ji mudou-se para os Estados Unidos e fundou o Sin Moo Hapkido. Naquele mesmo ano, o Grandmaster Moo-Woong Kim de demitiu da Associação da República Coreana de Hapkido e fundou a Federação Internacional de Hapki. O Grandmaster Se-Lim Oh se tornou o presidente da Associação da República Coreana de Hapkido, e depois em 1984, ele a renomeou para Associação Coréia de Hapkido (o nome que Ji havia usado em 60).

Hoje ainda há três organizações de Hapkido na Coréia. Isso inclui a Associação Coréia de Kido (In-Sun Seo, Pres.), A Associação Coréia de Hapkido (Se-Lim Oh, Pres.) e a Federação Internacional de Hapki (Moo-Woong Kim, pres.).

DOUTRINA FILOSÓFICA DO HAP KI DO

Mente, corpo e espírito - esta é a formação do ser humano e devemos zelar e desenvolver o que recebemos de DEUS, buscando a união e a harmonia interior, transformando o tripé da sustentação humana (mente/corpo/espírito) em Unidade.

O exercício marcial prepara o corpo. E a mente e o espírito? Como ficam? O corpo é a morada do espírito e a mente é quem comanda toda essa estrutura, e o elo de ligação do corpo com o Criador do Universo. Não adianta treinar um e descuidar-se do outro. Desta maneira continuaremos sempre em desequilíbrio. Quando desenvolvermos o corpo, a mente e o espírito, estaremos em harmonia com o Universo, isto é, em um estado consciente de nós mesmos.

Mister se faz, que o hapkidoista não perca a essência do BUDO/MUDO (caminho marcial) fazendo sempre sua reflexão, meditação, leitura, oração e boas ações. A Bíblia nos ensina que "O exercício físico na verdade, tem algum valor, mas o exercício espiritual tem valor para tudo, é a promessa da própria vida presente e da que há de vir" (I Tim 4.8)

O Hapkido não é somente um amontoado de socos e chutes, há toda uma preocupação em desenvolver a parte mental e espiritual, onde o praticante busca a harmonia, a amizade e a compreensão do seu "eu" interior. É o desapego a todas as coisas efêmeras, medalhas, títulos, troféus e prêmios. Tal estado de consciência é o chamado "DO" (caminho espiritual). É bom conhecer e desenvolver a parte espiritual, o problema religioso, pois a vida não é concebível quando se projeta divorciada da verdade, da fé e do amor. Aquele que não se preocupa com o problema da sua existência futura, da salvação de sua alma e desconhece os preceitos de DEUS, ainda não atingiu o nível de sabedoria e maturidade dentro do Hapkido, nem deveria intitular-se MESTRE.


O HAP KI DO, obedece a três princípios:

Primeiro princípio - YU - Água : não é à toa que o dito popular "água mole em pedra dura tanto bate até que fura", a não resistência da água lhe torna poderosissíma, ela adaptar-se a qualquer circunstância, se põe ela em um copo ela assume a forma de um copo, se em uma garrafa idem, tente segurá-la e ela fluirá por entre seus dedos. O hapkidoista deve desenvolver a virtude da adaptabilidade e fluidez.


Segundo princípio - WON - Circulo: o princípio universal, pois representa o retorno ao inicio do ciclo, tudo arredondado no corpo, as pontas dos dedos, o nariz, joelhos, etc., os movimentos de defesa pessoal do Hapkido, devem ser circulares e assim criamos o que na Lei da física chama-se forças centrífugas e centrípetas, redirecionando a energia do oponente.


Terceiro princípio - WHA - Harmonia: harmonizar-se com o ambiente, com o oponente, e principalmente consigo é o ponto principal do hapkidoista. O domínio das emoções, a disciplina diante dos obstáculos, concatenar as idéias nos momentos difíceis este é o princípio que o hapkidoista deve atingir.
É uma arte marcial de defesa pessoal coreana, tendo se originado nos primórdios do Império "Koryo", quando predominava diversos estilos de defesa pessoal ensinadas nos Exércitos, o HAPKIDO surgiu da junção de vários estilos de lutas, recebendo influências chinesa e japonesa, daí explica-se suas variedades de movimentos.


Fontes: http://www.hapkidopedroosorio.es.tl/HISTORIA.htm
https://encrypted-tbn0.google.com/images?q=tbn:ANd9GcQAJ44XWYl7xgjIcdgc-xJHMfymwIRh5xCFlxJaQiyTgauiGQrl

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Quais são os maiores "atletas" do mundo animal?


Créditos: • Créditos:Xinhua Photoshop (esquerda) e NHPA Photoshop (direita)


Em época de Olimpíada, o mundo vê maravilhado seres humanos rompendo os limites físicos da espécie.

Mas mesmo os melhores atletas não seriam páreo para alguns animais. Veja abaixo:


O iraniano Hossein Rezazadeh permanece como um dos maiores atletas do levantamento de peso, tendo já erguido 263 kg.Show de Força

Mas para igualar o feito de formigas, que conseguem carregar uma folha que pesa 50 vezes seu peso, ele teria que ser capaz de levar nos ombros um furgão de 2,3 mil kgs.

Besouros-rinoceronte são ainda mais fortes, levantando objetos até 850 vezes mais pesados que si próprios.


A lagosta-boxeadora tem um soco mais potente do que o do campeão olímpico Cassius Clay

O campeão da categoria no reino animail é, entretanto, um minúsculo tipo de ácaro invertebrado, o Archegozetes longisetosus, capaz de levantar 1180 vezes seu peso.

Lutas

O soco da lagosta-boxeadora (Odontodactylus scyllarus), também conhecida como tamarutaca no Brasil, é considerado o mais rápido do mundo.

Mesmo de baixo d'água, ele chega a 72 km/h.

Outras espécies, de grandes alces a lucanos (insetos que parecem besouros) resolvem disputas territoriais, de dominância e de fêmeas com violentos combates que muitas vezes terminam com o perdedor ferido, mutilado ou mesmo morto.

Na água
Mesmo o maior medalhista da história dos Jogos, Michael Phelps, ficaria bem atrás de outros animais nadadores.

A pele grossa como borracha dos golfinhos os permite deslizar facilmente pela água.

Outra técnica encontrada na fauna é a usada pelos pinguins, que nadam envoltos em bolhas.

Elas agem como lubrificantes, reduzindo o atrito e permitindo mais velocidade aos animais.

Já em termos de corridas aquáticas de longa distância, a medalha de ouro iria para o urso polar.

Há registro de um urso polar que nadou continuamente por nove dias, cobrindo 687 km. Um feito notável para um animal que passa a maior parte do tempo na terra.

Com informações de Jeremy Coles da BBC Nature
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120804_animais_atletas_rc.shtml

Tomadas elétricas inteligentes acessam internet sem fios

Interruptores remotos


Você consegue imaginar uma situação na qual seja necessário acender seu abajur pela internet?

Talvez não, mas acender e apagar todas as luzes de sua casa quando você está fora, ou pré-aquecer o forno enquanto ainda está no supermercado comprando um congelado são situações mais perto do dia-a-dia.

E pode haver muitas mais, para as quais tudo o que você precisará é de uma tomada que entenda o novo protocolo da internet, o IPv6, onde você possa plugar o aparelho que deseja controlar à distância.

Se você vai ligar o abajur ou a máquina de lavar, tanto faz, basta plugar o aparelho desejado nessa tomada, e acessá-la pelo seu celular ou qualquer computador.

E a melhor notícia é que a tomada, que dá um outro sentido ao termo "plugar", já está pronta.

Tomada elétrica sem fios


O protótipo da nova tomada foi construído por engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha.

E com uma vantagem adicional: a tomada precisa dos fios da energia elétrica, mas, do ponto de vista da internet, ela é sem fios: a conexão é feita automaticamente pelo roteador.

Além das tomadas sem fios propriamente ditas, o sistema usa um dispositivo USB conectado ao roteador.

O usuário entra o comando para ligar ou desligar o aparelho através de um navegador web ou aplicativo Android. O roteador recebe o comando, endereça-o para o dispositivo USB, que se incumbe de conversar com a tomada de energia, tudo usando dados criptografados.

Esta função de comunicação de duas vias também permite que a tomada de energia sem fios envie dados para o usuário, informando a quantidade de energia que os aparelhos ligados a ela estão consumindo naquele momento.

"Qualquer eletrodoméstico plugado em uma dessas tomadas pode ser ligado ou desligado remotamente usando um aparelho compatível com o IPv6, como um smartphone ou um laptop, de qualquer lugar," diz o Dr. Gunter Hildebrandt, coordenador do projeto.

Tomadas e interruptores inteligentes


Embora os edifícios e casas inteligentes sejam uma promessa constante, ainda são poucas as opções para quem deseja se libertar dos interruptores e tomadas, que, apesar das aparências sempre em mutação, têm o mesmo QI de 100 anos atrás - isto é, nenhum.

"Esse componente torna a casa inteligente do futuro uma realidade," garante Mathias Dalheimer, membro da equipe.

"Ele permite que os eletrodomésticos sejam controlados de forma inteligente, otimizando ou reduzindo o consumo de eletricidade. Por exemplo, o dono da casa pode ligar a máquina de lavar fora do horário de pico, ou a máquina de lavar louça quando os painéis fotovoltaicos no telhado estiverem gerando energia suficiente," complementa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mais um cara brilhante morreu: Celso Blues Boy



O cantor Celso Blues Boy morreu na manhã desta segunda-feira (6) em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Segundo a central funerária de Joinville, o músico faleceu às 8h50. O corpo já foi encaminhado para Blumenau para ser cremado. O músico tinha 56 anos e sofria câncer de garganta. Blues Boy era cantor, compositor e guitarrista.

Celso Ricardo Furtado de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, em janeiro de 1956. Na década de 1970, com apenas 17 anos, começou a tocar profissionalmente com Raul Seixas, além de acompanhar nome da MPB como Sá & Guarabira e Luiz Melodia. Seu nome artístico é uma homenagem ao seu ídolo B.B. King, com quem chegou a tocar na década de 1980.

O vascaíno foi guitarrista das bandas Legião Estrangeira e Aero Blues, considerado o primeiro grupo de blues do Brasil. Em 1980 passou a ser mais conhecido, quando mandou uma fita para a Rádio Fluminense, no Rio, voltada para o repertório roqueiro. Quatro anos depois gravou seu primeiro disco, 'Som na Guitarra', que inclui seu maior sucesso: 'Aumenta que Isso Aí É Rock'n Roll'.

No ano passado, Celso Blues Boy gravou seu primeiro DVD, 'Celso Blues Boy ao Vivo', no Circo Voador, no Rio de Janeiro, que também foi lançado em CD. O cantor morava há 12 anos em Joinville.


Biografia:




Não são muitos os artistas que podem se gabar de ter criado uma linguagem musical. Robert Johnson, Frank Sinatra, Chuck Berry, Elvis, Hendrix, Marvin Gaye, Miles Davis, os Beatles, Kraftwerk, Black Sabbath, Ramones, o Faith No More - a lista não avança muito a partir daí. Nesse seleto grupo de excepcionais, Celso Blues Boy arruma uma vaguinha por ter dado um sotaque brasileiro ao blues, um gênero americano (ou africano, em suas raízes mais profundas) por excelência, e com ele feito sucesso avassalador ao ponto de ser, ao mesmo tempo, lenda, ídolo e referência, ainda mais quando o papo recai sobre aquele instrumento de seis cordas chamado guitarra.

Exagero? Nada. Erro seria desprezar sua contribuição para a música brasileira. Os gringos o reconheceram: a revista Backstage colocou Celso entre os 20 maiores guitarristas da história; BB King, expressão máxima do blues, o reverenciou ao dividir palcos e estúdio com ele e o convidar para fazer carreira nos EUA; tocou no célebre Festival de Montreaux, na Suíça; The Commitments, a banda do filme cult de Alan Parker, chamou Blues Boy para se integrar a ela (e ele gentilmente recusou). Se Celso não foi alçado ao mesmo patamar glorioso de Tom Jobim, João Gilberto, Caetano Veloso e outras sumidades nacionais, não cabe aqui buscar explicações.

Fato é que Celso vem fazendo história desde a metade dos anos 70. Com apenas 17 anos, por exemplo, integrou o grupo de Raul Seixas. Acompanhou uma penca de veneráveis nomes da MPB (Renato e Seus Blue Caps, Sá & Guarabira, Luiz Melodia...) e arregimentou fãs ao empunhar a guitarra nas bandas Legião Estrangeira e Aero Blues, considerado o primeiro grupo de blues do Brasil e dono de performances memoráveis na lendária casa de shows Apa Loosa, no Rio de Janeiro.

Esses mesmos fãs viram Celso galgar os degraus da fama nos anos 80. Sua estréia solo, em 1984, com "Som na Guitarra", é um clássico absoluto, não só pelos hits que contém ("Aumenta que isso aí é rock'n'roll", "Blues Motel"), mas por espalhar aos quatro cantos do país a notícia de que havia bom blues sendo feito no Brasil. Junte isso ao talento nas seis cordas, a voz rouca, a boa aparência e canções de qualidade e se tem um astro instantâneo. Foi o que aconteceu.

A década de 80 foi mesmo pródiga para o guitarrista - é dessa época outros hits como "Marginal" (ao lado de Cazuza), "Damas da Noite", "Tempos Difíceis", "Fumando na Escuridão", "Sempre Brilhará" e as trilhas de "Rock Estrela" e "Bete Balanço" -, tanto que ele está entre os artistas-símbolo do período. Mas jamais ficou restrito a ele. Tanto é que foi na década de 90 que ele gravou o excepcional "Vivo" no Circo Voador (RJ). Foi também quando passou a se apresentar regularmente na Europa, virou amigo de BB King - a quem homenageia no nome artístico e que empresta seu toque único a "Mississipi", faixa do álbum "Indiana Blues", de 95 - e recebeu o convite para integrar os Commitments. Isso sem falar na agenda lotada de shows pelo Brasil.

Vale um aparte para a participação de Celso no Festival de Montreaux, na Suíça, em 1995. Seu apartamento ficava em frente ao lendário The Duke's, bar onde todas as feras do evento fazem questão de dar canjas.

Nos anos 2000, Celso Blues Boy segue incansável na estrada, de aeroporto em aeroporto, pelos palcos afora. Nessas idas e vindas, foi parar novamente no Circo Voador, sem dúvida, seu lar fora de Joinville (SC), onde mora há 12 anos. Foi ali, naquele espaço lendário, que gravou no ano passado "Celso Blues Boy ao Vivo", seu primeiro DVD (também lançado em CD pela Penedo Produções). Diante de uma platéia entusiasmada, ele desfila suas músicas mais conhecidas com a classe, a garra e a emoção típicas de quem entrega aos fãs bem mais do que eles pedem.

Se o DVD/CD é a prova física do talento grandioso de Celso e da qualidade de sua obra, o show de lançamento do produto foi à amostra definitiva de seu carisma. No dia 1 de abril, ele lotou o Canecão, numa festa inesquecível.

É a demonstração de que, mesmo após três décadas de carreira, a história de Celso Blues Boy continua sendo traçada e contada. E, volta e meia, com superlativos coerentes com seu talento.





domingo, 5 de agosto de 2012

Entrelaçamento quântico quebra segunda Lei da Termodinâmica



(Fonte da imagem: ThinkStock)

A Segunda Lei da Termodinâmica diz, grosso modo, que você não pode obter algo a partir do nada. Como não existe energia livre, por exemplo, não é possível criar uma máquina de movimento perpétuo, apesar de algumas tentativas no mínimo curiosas já terem sido experimentadas.

Outro aspecto da mesma lei é o fato de que a energia sempre tenta se contrabalancear. Se você tiver um pote com água quente e despejar sobre ele um pouco de água fria, você acabará com um líquido morno. Se você quiser esfriar ou aquecer essa água, será necessário ter uma fonte de energia externa.

James Maxwell e seu exercício mental

Tudo estava perfeito, até que o escocês James Maxwell sugeriu um exercício que confundiria a cabeça de muita gente, em 1867: imagine que você tenha um contêiner de água morna. Essa água possui moléculas que se agitam em velocidades diferentes, sendo que as mais “quentes” se movem rapidamente, enquanto que as “frias” se mexem vagarosamente. Apesar disso, a temperatura média da água é morna.

Depois, Maxwell sugeriu dividir esse container em duas metades, deixado apenas uma pequenina porta, do tamanho de uma molécula dágua, aberta entre elas. Construa a porta de maneira com que as moléculas rápidas sejam atraídas por ela e se acumulem em uma das metades do contêiner e, sempre que uma molécula lenta chegar perto da porta, acaba passado para o outro lado.

Dessa forma, depois de algum tempo, essa porta teria ordenado as moléculas em rápidas e lentas, ou seja, a água morna teria se transformado em água quente e fria, sem o uso de uma fonte extra de energia. A Segunda Lei da Termodinâmica acaba sendo, aparentemente, violada.

Quebrando a Segunda Lei na prática

A ideia de Maxwell é interessante, mas não passa de um exercício mental. Porém, em 2010, cientistas mostraram que é possível fazer um pedaço de plástico mover-se com o movimento aleatório das moléculas de ar, com uma porta semelhante à proposta por Maxwell em seu exercício.

O pedaço de plástico é colocado no início de uma pequena escada e, de repente, começa a ser empurrado para cima. Sempre que ele faz isso, uma porta elétrica é fechada logo abaixo dele. A energia usada nessa porta é isolada do restante do sistema, para ter certeza de que ela não interfere no experimento. Com o passar do tempo, o plástico chega ao topo da escada sem que energia exterior tenha sido aplicada a ele.

Transformando informação em energia

Depois de muito estudar esses casos, os físicos chegaram à conclusão de que esses experimentos dependem de um monte de informações muito apuradas sobre o sistema no qual são conduzidos. No exercício mental de Maxwell, é necessário saber a velocidade das moléculas que se movem e, no experimento prático de 2010, é sempre preciso monitorar a posição do pedaço de plástico.

Todas essas medições dependem de energia que, por sua vez, tenta se contrabalancear com a energia “livre” que está fora do sistema. Em outras palavras, o que acontece é a transformação de informação em energia: a informação sobre a posição do pedaço de plástico acaba sendo convertida em energia que o empurra para cima. Ou seja, a Segunda Lei da Termodinâmica permanece intacta, afinal.
As maluquices do mundo quântico

Agora, cientistas da Universidade de Kyoto e de Tóquio, ambas no Japão, descobriram que a mecânica quântica traz algumas complicações extras a esses experimentos e que, desssa vez, a Segunda Lei da Termodinâmica parece estar sendo, de fato, violada.

(Fonte da imagem: Reprodução/arXiv)

Para isso, eles adicionam ao exercício de Maxwell um conceito conhecido como entrelaçamento quântico. Quando duas partículas estão entrelaçadas quanticamente, elas se comportam como se fossem uma só, mesmo que estejam separadas por um universo todo de distância. Assim, é possível medir apenas uma delas e obter informação sobre a outra. E, como vimos anteriormente, informação, nesse contexto, é energia.

Por isso, no caso acima, seria possível usar energia para medir metade das moléculas e obter informação sobre todas elas. Em outras palavras, seria possível dividir o contêiner entre moléculas “quentes” e “frias” usando apenas metade da energia necessária no modelo clássico.

Por enquanto, tudo isso não passa de cálculo matemático repleto de símbolos gregos em um artigo científico (PDF em inglês). Mas, o grande feito dos autores foi descobrir que a Segunda Lei da Termodinâmica depende também de efeitos quânticos, e agora a equipe trabalha em uma forma de expandi-la para que essa revelação também seja abordada.

De acordo com o site Technology Review, essa pesquisa terá implicações importantes em todo tipo de fenômeno, desde buracos negros e astrobiologia até a nanomáquinas e química quântica.

Fonte: Technology Review

Leia mais em:http://www.tecmundo.com.br/fisica/27839-entrelacamento-quantico-quebra-segunda-lei-da-termodinamica.htm#ixzz22hrbPYc6

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mente Fértil: Curiosidades sobre a Antártida

Mente Fértil: Curiosidades sobre a Antártida: Este na verdade não é um artigo do qual você vai dizer: "Meu Deus! Isso era tudo que eu precisava saber!", mas, porque não aguçar um pouco...


No link vocês encontrarão algumas curiosidades (legais) sobre a Antárdida! =D

Antarctica once covered in palm trees, scientists discover

Today the frozen Antarctic ice sheet borders the Southern Ocean. But tropical palm trees once flourished there. An intense warming phase occurred 52 million years ago, leading tropical vegetation, including palms and relatives of today's tropical Baobab trees, to grow on the continent’s now frozen coasts.



The surprising discovery came from a study of drill cores obtained from the seafloor near Antarctica. The results, published in the journal Nature, show that warm ocean currents and high carbon dioxide (CO2) levels in the air boosted temperatures, allowing tropical vegetation to grow where visitors today meet only icebergs and freezing cold.

"The CO2 content of the atmosphere as assumed for that time interval is not enough on its own to explain the almost tropical conditions in the Antarctic," said Jörg Pross, a paleoclimatologist at the Goethe University and member of the Biodiversity and Climate Research Center in Frankfurt, Germany.


'The CO2 content of the atmosphere ... is not enough on its own to explain the almost tropical conditions in the Antarctic.'

- Jörg Pross

"Another important factor was the transfer of heat via warm ocean currents that reached Antarctica."

When the warm ocean current collapsed and the Antarctic coast came under the influence of cooler ocean currents, the tropical rainforests, palm trees and Baobab relatives also disappeared.

The scientists used rock samples from drill cores on the seabed obtained off the coast of Wilkes Land, Antarctica, as part of the Integrated Ocean Drilling Program (IODP). The samples are between 53 and 46 million years old and contain fossil pollen and spores that are known to originate from the Antarctic coastal region.

The researchers were thus able to reconstruct the local vegetation on Antarctica and, accordingly, interpret the presence of tropical and subtropical rainforests covering the coastal region 52 million years ago.

The scientists' evaluations show that the winter temperatures on the Wilkes Land coast were warmer than 50 degrees Fahrenheit at that time, despite three months of polar night. The continental interior, however, was noticeably cooler, with the climate supporting the growth of temperate rainforests characterized by southern beech and Araucaria trees of the type common in New Zealand today.

Additional evidence of extremely mild temperatures was provided by analysis of organic compounds that were produced by soil bacteria populating the soils along the Antarctic coast.

"By studying naturally occurring climate warming periods in the geological past, our knowledge of the mechanisms and processes in the climate system increases," Pross said.

Read more: http://www.foxnews.com/scitech/2012/08/02/antarctica-once-covered-in-palm-trees-scientists-discover/#ixzz22PL868uY

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Nanoantenas capturam e emitem luz

Captando e emitindo luz


A luz é uma radiação eletromagnética, formada por ondas de diversas frequências - no espectro visível, cada frequência corresponde a uma cor.

Assim, a luz pode ser captada por antenas, da mesma forma que antenas de rádio ou de TV são configuradas para captar os comprimentos de onda de suas respectivas transmissões.

Agora, cientistas franceses criaram uma antena que não apenas consegue captar as ondas de luz, como também consegue transmiti-las.

Essas antenas captadoras/emissoras de luz poderão ser a base de LEDs mais eficientes - emitindo luz - oucélulas solares mais compactas - captando a luz.

Mas também poderão ser usadas para captar os fótons usados na computação quântica.

Nanoantenas de luz

Como a luz oscila um milhão de vezes mais rápido do que as ondas de rádio, as antenas de luz precisam ser minúsculas - microscópicas, para ser mais exato.

Mickael Busson e seus colegas da Universidade de Marselha usaram duas nanopartículas de ouro e uma pequena molécula fluorescente para construir sua antena capaz de capturar e emitir luz.

Nas palavras dos cientistas, o seu equivalente óptico da tradicional antena dipolo é um emissor quântico - a molécula que dispara fótons - circundado por duas nanopartículas.

Mas era preciso dar uma estrutura para a antena, para que seus elementos ficassem estáveis.

Dadas as dimensões envolvidas, uma molécula de DNA sintético serviu bem ao propósito, separando as duas nanopartículas e agregando as moléculas emissoras de luz.

Produção em paralelo


Não é necessário montar as nanoantenas de luz uma a uma, o que seria inviável.

Os pesquisadores colocaram os ingredientes em solução, e fabricaram bilhões delas de uma vez só. O "eixo central" de DNA garante que cada peça fique em sua posição, com precisão nanométrica.

A molécula fluorescente funciona como uma fonte quântica, suprindo a antena com fótons, enquanto as nanopartículas de ouro amplificam a interação entre o emissor e a luz.


Antena de luz biológica é reproduzida artificialmente


Bibliografia:

Accelerated single photon emission from dye molecule driven nanoantennas assembled on DNA
Mickael P. Busson, Brice Rolly, Brian Stout, Nicolas Bonod, Sébastien Bidault
Nature Communications Vol.: 3, Article number: 962 DOI: 10.1038/ncomms1964